domingo, 13 de novembro de 2011

Os slides que faltavam!






Então os slides foram ter com Hades?

Depois de um longo e tenebroso inverno
Após a noite escura de mil anos
Deram os slides co'a cara no Averno
Submersos no limbo, sem pão, sem panos.

Nada que lhes cobrissem as vergonhas
Da profunda ignorância pupilar.
Cérbero, de cabeçorras medonhas,
Veio em babas e uivos prevaricar.

Slides, famintos de olhos e de truz
À vós sorriram os mais tristes Bórgias
Capetos e Tudors foram sua cruz

'Chateauneuf-du-Pape' e reais orgias
Tudo acabado, ninguém mais te quis
Aula que é aula, se garante no giz!

{* desenho de Cérbero do poeta William Blake(1757-1827) wikipedia}

Enfim, o apêndice vermiforme extirpado em uma apendicectomia, permitiu-me tempo suficiente para estar a frente dessa tela e atualizar os slides das aulas que faltavam.

Coloquei tudo em arquivos compactados (.rar) para facilitar o meu trabalho e agilizar os downloads dos interessados.

Os slides de História Geral (14 slides) estão em três grandes blocos:

1. Séc. XVIII (6 slides) 1.Monarquias Nacionais; 2. Reforma e Contrarreforma; 3. Absolutismo inglês e francês; 4. Iluminismo; 5. Revolução Industrial; 6. Revolução Francesa:   clique aqui.

2. Séc. XIX (3 slides) 7. Europa Napoleônica; 8. Liberalismo, Socialismos, Anarquismo e Revoluções Liberais do séc. XIX; 9. Imperialismo ou Neocolonialismo: clique aqui.

3. Séc. XX (5 slides) 10. Primeira Guerra; 11. Revolução Russa; 12. Crise de 1929; 13. Segunda Guerra; 14. Guerra Fria: clique aqui.

Os slides de História do Brasil (8 slides) estão em dois blocos:

1. Séc. XIX (4 slides) 1.Período Regencial; 2.Segundo Reinado (Política, Economia e Política Externa); 3. Crise do Império, Panorama Cultural, Processo de Abolição e República da Espada; 4.República Velha até 1919: clique aqui.

2. Séc. XX (4 slides) 5.Declínio das oligarquias e Era Vargas até 1937; 6.Estado Novo, Dutra e Segundo Governo Vargas; 7.Café Filho a JK; 8.Janio Quadros, Jango e Ditadura Militar (1964-1985): clique aqui.

As revisões continuam em andamento e os principais exames vestibulares já começaram. Desejo a todos uma ótima primeira fase, mantenham-se firme no propósito do melhor desempenho possível, ou seja, muita concentração e intuição, à flor da pele!

Um abraço,

Delmonte.

quarta-feira, 15 de junho de 2011

Período Joanino e Primeiro Reinado

"Independência ou morte" de Pedro Américo (1888) - Museu do Ipiranga - SP

Os slides do Período Joanino e do Primeiro Reinado você encontra aqui.

Trailer do filme "Carlota Joaquina" de Carla Camurati (1994).



Reprodução do famoso quadro de Pedro Américo em cena da independência no filme "Independência ou Morte" de Carlos Coimbra em 1972. Esse filme foi feito em comemoração ao sesquicentenário (150) da independência do Brasil. O filme, apesar de ter sido muito criticado por ser uma peça publicitária de ufanismo nos anos de chumbo do governo Médici, hoje nos parece bem menos infame, tanto por sua explícita ingenuidade romântica, quanto pela tentativa de contar uma história 'oficiosa'. O principal problema no período da ditadura era a impossibilidade de criticá-lo a contento, já que o filme fora financiado mesmo pelo governo dos generais. Hoje seria um prazer poder assisti-lo, como exemplo de um cinema 'histórico' e ingênuo que flertou com uma ditadura cruel.



abraços,
Delmonte

segunda-feira, 16 de maio de 2011

Idade Média: Feudalismo - Renascimento Comercial, Urbano e Cultural


Pieter Brueghel, o velho - "A dança do casamento"

“Esta longa Idade Média é, para mim, o momento da criação da sociedade moderna, de uma civilização moribunda ou morta sob as formas camponesas tradicionais, no entanto viva pelo que criou de essencial nas nossas estruturas sociais e mentais. Criou a cidade, a nação, o Estado, a universidade, o moinho, a máquina, a hora e o relógio, o livro, o garfo, o vestuário, a pessoa, a consciência e, finalmente, a revolução. Entre o neolítico e as revoluções industriais e políticas dos últimos dois séculos, ela é, pelo menos para as sociedades ocidentais, não um vazio ou uma ponte, mas um grande impulso criador cortado por crises, graduado por deslocações no espaço e no tempo, segundo as regiões, as categorias sociais, os setores da atividade, diversificada nos seus processos.” (GOFF, Jacques Le. Para um novo conceito de Idade Média. Excerto adaptado)

Meus caros alunos!

Vocês sabem que chamar a Idade Média de "noite de mil anos" ou ainda "período das trevas" é pura intriga dos renascentistas... Na verdade a Idade Média parece mesmo não sair de moda!

Quase todos os anos nós temos um 'personagem' arquetípico e genuinamente medieval fazendo o maior sucesso nas telas dos cinemas de todo o mundo: Shrek, Robin Hood, Como treinar seu dragão e este ano o deus do trovão Thor são apenas alguns exemplos entre muitos outros.

O fascínio e influência que o período exerce sobre o cinema de Hollywood e literaturas como a de Tolkien, Martin ou da senhorita Rowling é imenso e inegável.

Porém, para estudá-la bem é preciso não se perder nas trevas do anacronismo. Ficando com apenas um exemplo: é claro que a maioria das pessoas que viveram na Idade Média não tinham os dentes que o cinema insiste em mostrar...

O arquivo com os slides sobre o Feudalismo e o Renascimento Comercial você encontra aqui.

Os slides sobre os estilos arquitetônicos aqui.

E o Renascimento Cultural aqui.

Para além da maioria dos blockbusters, existem filmes realmente muito bons que nos ajudam a mergulhar no universo medievo. Eis alguns dos meus preferidos:

"O incrível exército de Brancaleone" de Mario Monicelli,
"O Nome da Rosa" com o Sean Conery!
"Decameron" de Pasolini,
"Henrique V" de Kenneth Branagh,
"Joana d'Arc" de Roberto Rosselini,
"O Sétimo Selo" de Ingmar Bergman,
"Alexandre Névsky" de Eisenstein,
"Giordano Bruno", que tem inteiro no youtube, porém é bem difícil de encontrar em DVD.

Também tem um do Monthy Pyton que eu gostei muito, mas faz tempo que eu não o procuro: "Herói por acaso".

Com o tempo eu pretendo colocar pelo menos os trailers que existirem e alguns links de informações básicas sobre cada filme. Nem que leve mil anos...

um abraço,
paratodos!
Delmonte

quarta-feira, 4 de maio de 2011

Colonização do Brasil


Queridos alunos,

Esse foi o fim de semana mais agitado da história:
Casamento real, beatificação de futuro santo e morte de terrorista!
Difícil é voltar ao passado com um presente desses...

Nesse post você encontra os slides dos seguintes assuntos:

- Capitanias hereditárias, sociedade açucareira, Gilberto Freyre, Sérgio Buarque, charges do Angeli, Invasões holandesas, Albert Eckhout, Franz Post, músicas da peça "Calabar" de Chico e Ruy Guerra. Para baixar clique aqui.

- Bandeirantismo, mineração no séc. XVIII, atividades econômicas no séc. XVIII, Aleijadinho, Rugendas, filmes: Chico Rey e Xica da Silva, Reformas Pombalinas. Para baixar clique aqui.

um abraço
Delmonte

terça-feira, 3 de maio de 2011

Império Carolíngeo


Catedral de Aachen na Alemanha, onde está o túmulo de Carlos Magno.

É vertiginosa a herança cultural dos Francos para a cultura européia, especialmente sob o governo de Carlos Magno. Suas reverberações alcançam até a atualidade e podem estar relacionadas a coisas aparentemente tão díspares quanto o Canto Gregoriano do grupo Psallentes e a Escola de Samba do Salgueiro em 1990, o Vaticano e o caminho de Santiago de Compostela, a flor de lis e a nobreza européia. No sertão brasileiro do século XX, fez sucesso o livro "Carlos Magno e os Doze Pares de França", histórias da cavalaria medieval bem ao gosto popular, misturando cristianismo e espírito bélico.

Em nosso interesse mais específico é bom lembrar que o sucesso dos Francos foi aliar-se ao que restou de mais organizado da derrocada do Império Romano: a Igreja Cristã.
Os Francos foram os primeiros bárbaros cristianizados da Europa. Carlos Magno é exceção em quase tudo no período medieval: rei com um poder centralizado e uma rede de emissários para fiscalizar o império (os missi dominici), com leis escritas (as Capitulares) e um poder bélico invejável que fez a expansão do império até dividir-se em três (futuros estados da França, Itália e Alemanha) no Tratado de Verdun de 843. Apesar de tudo isso é um tema pouco lembrado no vestibular.

"Eu tenho o bálsamo sagrado
Com que teu Deus foi ungido
Bebe-o porque estás ferido
Bebendo ficas curado"
(Carlos Magno e os 12 Pares de França)

Os slides da aula de Império Carolíngeo você encontra aqui.

O Império Carolíngeo (Reino dos Francos) também pode ser considerado uma gênese da União Européia. Carlos Magno é um simbólico "Pai da Europa" e é por isso que o jornal inglês 'The Economist' tem uma coluna e um blog com temas relativos à União Européia que se chama justamente: Charlemagne.

E por falar em símbolos, ouça o assim denominado recentemente Hino da União Européia, quarto movimento da Nona Sinfonia de Beethoven. Aliás, é sempre bom lembrar que quando Beethoven compôs essa célebre obra-prima ele já estava completamente surdo, ou seja, o compositor jamais pode ouvir sua genial criação.



Também ouvimos na aula um belo exemplo de canto gregoriano com o conjunto europeu Psallentes, pesquisadores dedicados e especialistas nessa música característica da Idade Média:



Existe muita coisa sobre Carlos Magno na internet.
Selecionei alguns links de interesses diversos:

- Pra quem gosta de história: Carlos Magno, Rolando, Santiago de Compostela e a Batalha de Roncevalles, clique aqui.

- Para os eruditos: As leis capitulares em latim! Clique.

- Para os etnofarmacobotânicos: Um texto longo e interessante sobre flores e unguentos, A barba florida de Carlos Magno, clique aqui.

- Para quem prefere arquitetura, um artigo wiki sobre a Catedral de Aachen, clique aqui.

- Para quem gosta de carnaval! Desfile do Salgueiro em 1990! Enredo: Sou amigo do rei! Clique aqui.

- E pra terminar um texto curto sobre a influência das histórias de Carlos Magno na literatura, clique aqui.

abraços
Delmonte

segunda-feira, 2 de maio de 2011

terça-feira, 26 de abril de 2011

Chico canta Calabar



Ouvimos três músicas desse disco na aula sobre as Invasões Holandesas! "Fado Tropical", "Não existe pecado ao Sul do Equador" e "Boi voador não pode". Comentamos ainda a sensacional "Bárbara", que não está nesse disco mas você pode encontrar no "Chico e Caetano, juntos e ao vivo" (1972).

Infelizmente o disco "Chico Canta Calabar" não contém todas as músicas da peça, pois, como vocês sabem, muita coisa foi censurada. Uma das que não pode ser gravada é "Vence na vida quem diz sim" que a Nara Leão gravou só em 1980. Porém, no youtube você pode ver agora esse show sensacional dos anos 70! Reparem a ironia finíssima ao colocar em letra tudo aquilo que era feito a ferro e fogo nos porões da dita e dura repressão. Naquele momento a crítica debochada ao avassalador imperialismo cultural norteamericano nos meios de comunicação ainda era original. E o modelito das roupas então? Puro setentismo!



Mais recentemente o Chico gravou novamente a canção "Fado Tropical" no disco da Fafá de Belém, no qual ele declama o poema, em 2007 ele a gravara para o filme "Fados" de Carlos Saura que você pode conferir aqui:



O disco Chico canta Calabar você encontra nesse clique.

Delmonte